terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Notícias do Mundo Ambiental

Alemães criam carro elétrico de baixo custo

Modelo será construído de maneira responsável utilizando materiais sintéticos e reciclados sob uma estrutura de aço.

Uma parceria entre a montadora alemã Opel e a agência de design Kiska permitirá a construção de carros elétricos com baixo custo de produção. O automóvel ecologicamente correto é denominado Rak E.
O modelo tem emissões zero de poluentes foi divulgado na última semana. Ele possui apenas dois lugares e mesmo que ainda seja um conceito, o carro já possui visual ousado e vanguardista.
O projeto adotou uma abordagem radicalmente nova. Por exemplo, tanto o interior quanto o exterior foram concebidos em um único processo, aplicando-se muitos anos de especialização da Kiska em design automotivo e de motos, engenharia e uso de materiais leves. O resultado foi uma abordagem interessante que quebra as barreiras entre o design de um carro e de uma motocicleta.
O formato e função do carro oferecem conforto e segurança além de garantir a agilidade em trânsito, semelhante a uma moto. O motor de 48 cavalos de potência é totalmente elétrico, e para completar a carga da bateria, basta carregá-lo por três horas. O veículo não deixa a desejar na potência e é capaz de atingir a velocidade máxima de 120 km/hora em menos de 13 segundos.
A ideia é construir de maneira responsável utilizando materiais sintéticos e reciclados sob uma estrutura de aço. O peso do veículo deverá ser 1/3 do peso de um carro comum com autonomia de bateria de 98 km.
A cobertura, que combina as funções de teto e para-brisa, oferece uma vista de 270 graus, sem pontos cegos. Para fácil entrada e saída, o volante automaticamente muda de posição quando a cobertura é aberta. Para os jovens condutores, o RAK pode ser configurado para operar em modo de baixa potência, com velocidade limitada a 45 km/h.
Na área onde o motorista e o copiloto ficam acomodados foi instalado um cockpit. O visual do veículo também foi inspirado em aviões. O projeto mede 1,3 metros de largura, três de comprimento, 1,19 cm de altura e sua configuração garante melhor desempenho aerodinâmico e eficiência energética.
As rodas proeminentes do veículo possuem acesso facilitado, bem como a região do motor e suspensão. O projeto Rak E pretende dar informações ao motorista através de uma tela localizada no painel. Para dirigir, o piloto ainda fará o uso de volantes, ao contrário do que tem sido projetado em veículos deste gênero, que atualmente é desenvolvido para ser pilotado por joysticks. O carro elétrico futurista ainda não tem previsão de lançamento.


Edifício na Dinamarca é feito com materiais reciclados

Todos os materiais utilizados na construção do 'Green Solution House', centro de conferências e hotel, são totalmente recicláveis ​​ou biodegradáveis.

A empresa dinamarquesa 3XN criou a 'Green Solution House', um novo centro de conferências experimental e hotel, onde tudo é adaptado para a circulação da natureza e onde os hóspedes poderão ter ideia de como é possível viver em um mundo sem resíduos. A conclusão da obra está prevista para 2013.
As quatro metas do projeto são: ser uma plataforma para o mais alto nível de desenvolvimento sustentável; ser um exemplo de melhoria contínua; mostrar soluções sobre biodiversidade, materiais, energia, água e resíduos e crescer em uma rede local e global para a partilha de conhecimentos.
Localizado na ilha dinamarquesa de Bornholm, a edificação foi projetada e desenvolvida de acordo com os princípios do Cradle 2 Cradle ®. Isto significa que todos os materiais utilizados na construção ou são totalmente recicláveis ​​ou biodegradáveis​​. Assim, o projeto do edifício assume a ambição de eliminar o conceito de resíduos.
O projeto é gerido por Kasper Guldager Jørgensen, chefe da unidade 3XN de inovação, e pela GXN. A indústria da construção sozinha é responsável por 30% de todos os resíduos gerados e, segundo a empresa, os resíduos colocam um enorme fardo sobre o meio ambiente. Mas, com este projeto eles demonstram que este é um problema que pode ser resolvido.
A eliminação do desperdício significa que tudo deve ser parte de uma circulação. Assim, o edifício foi projetado para ser desmontado e construído por materiais recicláveis ​​definidos.
A energia solar produz a eletricidade consumida no prédio, a água da chuva coletada é biologicamente tratada e reutilizada. O hotel produz frutas e legumes orgânicos para o restaurante. Além disso, os resíduos gerados dia a dia são reciclados ou compostados.


Escola nos EUA produz energia necessária para consumo

Lady Bird Johnson Middle School foi construída em uma área de 45.600 metros quadrados; construção inclui turbinas eólicas, painéis solares e outras tecnologias avançadas.

O Estado do Texas é conhecido nos Estados Unidos como o centro das tradições “countries”. Agora ele também está famoso por abrigar a primeira escola do país a produzir de maneira limpa toda a energia necessária para o seu funcionamento.
A Lady Bird Johnson Middle School foi construída na cidade de Irving em uma área de 45.600 metros quadrados, que facilitou a produção de energia renovável de diversas maneiras: eólica, solar e outras tecnologias avançadas que foram incluídas na construção.
O escritório Corgan Associates, de Dallas, liderou a equipe de arquitetos que construiu a escola, usada não apenas como sala de aula, mas também como referência em sustentabilidade e eficiência energética. Esses diferenciais da instituição de ensino são percebidos em cada detalhes, desde as 12 turbinas eólicas gigantes instaladas na lateral do prédio, até a grade curricular.
Por mais incrível que possa parecer, as grandes turbinas eólicas produzem apenas 1% da energia necessária para abastecer toda a estrutura. O restante é obtido a partir de 2988 painéis solares instalados no telhado. Eles são equipados com tubos cilíndricos que captam a luz do sol em 360 graus, aumentando potencialmente a capacidade de aproveitamento energético. Toda a produção excedente é direcionada para a rede de distribuição local.
Ter energia limpa disponível não seria suficiente para tornar a obra sustentável. Por isso, os arquitetos se preocuparam com a eficiência de todo o edifício. As bombas de calor geotérmicas auxiliam o sistema de arrefecimento, tornando-o 30% mais econômico. A equipe usou paredes isoladas e construiu um grande dossel nas laterais do edifício para bloquear o sol quente do Texas, mesmo assim, foram usadas muitas janelas para permitir a iluminação natural dentro das salas de aula.
Como a escola é considerada um laboratório de aprendizagem, a grade curricular inclui aulas sobre eficiência energética. Assim, os alunos do ensino fundamental podem estudar as diferenças na produção de energia solar em um dia nublado, em comparação a um dia ensolarado. Enquanto isso, os estudantes de ensino médio podem aprender a calcular a produção média geotérmica da escola. A instituição é equipada com uma plataforma de observação, onde os alunos podem examinar as placas fotovoltaicas, e monitores de energia estão espalhados por todo o corredor, para que os estudantes possam ver exatamente a quantidade de energia utilizada pela escola.
A Lady Bird Johnson Middle School está em busca do selo LEED, concedido às construções sustentáveis pelo Green Building Council.


Maracanã deve se tornar usina de energia solar

As obras feitas no estádio para sediar a Copa do Mundo de 2014 incluem a colocação de placas fotovoltaicas em toda a superfície que cobre as arquibancadas.

Além de ser um marco para a história do futebol, o Maracanã está prestes a se tornar referência na produção de energia limpa. As obras feitas no estádio para sediar a Copa do Mundo de 2014 incluem a colocação de placas fotovoltaicas em toda a superfície que cobre as arquibancadas.
O projeto será financiado por duas empresas de energia, a Light, que coordena a produção e distribuição no Rio de Janeiro, e a EDF (Eletricité de France). Juntas elas instalarão placas sobre uma superfície de 2,5 mil metros quadrados, que serão capazes de gerar 670 mil kW/h por ano.
A produção seria suficiente para abastecer 25% da energia necessária para o funcionamento do Maracanã. No entanto, não é isso que irá acontecer, pelo menos, durante os cinco primeiros anos de funcionamento desta “usina solar”. O investimento é fruto de uma parceria entre as duas empresas e o Governo do Estado, por isso, elas terão direito a comercializar a energia produzida nos primeiros anos, para compensar os R$ 6 milhões gastos com a implantação da tecnologia.
A estimativa é de que a eletricidade produzida no Maracanã possa suprir a demanda de 240 residências. Mas, as empresas contam também com o apelo gerado por toda a tradição do Maracanã, para comercializar a energia limpa com valores mais altos.
Passados os cinco anos, a eletricidade vinda do Maracanã será propriedade do governo, mas mesmo assim pode não ser usada diretamente no estádio. “O maior consumo do estádio é durante a noite, em dias de jogos, e não no momento em que o sistema vai produzir mais energia, durante o dia. Por isso, ele vai gerar energia e injetá-la na rede e, à noite, ele a pega de volta”, explicou Evandro Vasconcelos, diretor de energia da Light.
Os projetos da concessionária não acabam no Maracanã. A Light ainda pretende gastar R$ 15 milhões para implantar células fotovoltaicas em outros centros esportivos do RJ, como o Parque Aquático Júlio de Lamare, o Maracanãzinho e o Estádio de Atletismo Célio de Barros.


Fonte: exame.abril.com

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