sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Notícias do Mundo Ambiental

Itália corre risco de ter pior desastre ambiental em 20 anos

Catástrofe pode ocorrer caso vazem as 2,4 mil toneladas de óleo do navio. Último acidente grave foi em 1991, com barco que carregava combustível.

A Itália está sob o risco de sofrer o maior desastre ambiental do país em mais de duas décadas, caso as 2,4 mil toneladas de combustível do Costa Concordia poluam uma das reservas marítimas mais apreciadas do Mediterrâneo.
Sete dias depois de o navio de cruzeiro de 114,5 mil toneladas virar na costa da Toscana, a grande embarcação está se movendo de forma precária sobre uma formação rochosa submarina, ameaçando tombar ainda mais e atrapalhando os planos de bombear o óleo em segurança.
O navio tombou depois de bater em uma rocha e agora está de lado em uma plataforma com cerca de 20 metros de profundidade perto da pequena ilha de Giglio. Onze pessoas morreram e ainda há 21 desaparecidas.
Com a esperança de encontrar sobreviventes praticamente encerrada, os especialistas advertem que, além da perda de vidas, o acidente poderá se transformar na pior emergência ambiental marítima da Itália desde o naufrágio do Amoco Milford Haven, que levava 144 mil toneladas de óleo, na costa de Gênova em 1991.
A limpeza daquela região foi concluída em 2008, 17 anos depois do acidente, e a carcaça do Haven ainda se encontra no leito do mar, disse Luigi Alcaro, chefe para emergências marítimas da Ispra, a agência governamental italiana para o ambiente.
"Se o Costa Concordia deslizar um pouco mais para baixo e o combustível começar a vazar para água, poderemos falar em anos e em dezenas de milhões de euros para a limpeza", disse Alcaro à Reuters.
A quantidade de combustível a bordo do Costa Concordia - 2.380 toneladas de diesel pesado e de óleo lubrificante, é comparável ao que é transportado por um petroleiro pequeno, disse o ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, ao Parlamento esta semana.
Por enquanto, os tanques de combustível parecem intactos.

Altamente tóxico
Clini afirmou que mesmo um vazamento controlado seria altamente tóxico para a flora e a fauna da região, um parque natural marítimo conhecido por suas águas claras e pelos corais e vida marinha variados.
A ilha de Giglio é um renomado lugar para mergulho e o arquipélago ao redor abriga mais de 700 espécies botânicas e animais, incluindo tartarugas, golfinhos e focas.
Alcaro afirmou que o cenário mais otimista seria estabilizar o navio e bombear o óleo por meio de uma técnica conhecida como "hot tap".
"O óleo no navio é muito grosso e pegajoso, então será preciso perfurar o casco e aquecê-lo para torná-lo mais fluido e mais fácil de extrair", disse ele à Reuters.
"Isso pode ser feito em cerca de um mês nos 13 tanques externos do navio. Há outros 10 tanques no interior, e esses são muito mais difíceis de alcançar", afirmou.
Caso a embarcação escorregue ainda mais para dentro da água, porém, o melhor seria que os tanques se rompessem e o combustível boiasse até a superfície, disse ele.
"Haveria pânico por algumas semanas, é claro, mas o 'mar negro' de combustível o tornaria visível e mais fácil de recolher. O pior cenário de todos é ter o óleo vazando lentamente".

Fonte: http://g1.globo.com


Exxon Mobil vai pagar US$ 1,6 milhão por vazamento nos EUA

Derramamento de óleo ocorreu no rio Yellowstone, nos EUA, em 2011. Informação é de um membro de órgão estatal.

A Exxon Mobil concordou em pagar US$ 1,6 milhão em penas relacionadas a violações ambientais, após um enorme vazamento de um oleoduto da empresa no rio Yellowstone, em Montana, Estados Unidos, em julho de 2011, informou um membro de órgão estatal.
O diretor do Departamento de Qualidade Ambiental de Montana, Richard Opper, afirmou que a pena é a maior na história da agência.
Opper também informou que a companhia texana de petróleo vai pagar US$ 300 mil em dinheiro e gastar US$ 1,3 milhão em projetos ambientais futuros. Além disso, vai usar mais de US$ 760 mil em respostas de emergência.
A Exxon também vai aumentar a sua estimativa da quantidade de petróleo derramada no acidente para 1.509 barris, ou 63.400 litros. Isso representa um crescimento de 50% em relação às estimativas anteriores.

Fonte: http://g1.globo.com


Cientistas 'redescobrem' espécie de macaco no Sudeste Asiático

Primata langur-de-hose era considerado extinto por ambientalistas. Encontro de família de macacos foi 'acidental', diz pesquisadores.

Cientistas que trabalham nas florestas da Indonésia podem ter “redescoberto” uma espécie de macaco considerado tão raro, que muitos achavam que ele estava extinto.
Uma família de exemplares de langur-de-hose ou langur-cinzento (Presbytis hosei canicrus) foi identificada na Floresta Wehea, na ilha de Bornéu por meio de armadilhas fotográficas montadas em junho, que, inicialmente, tinham o objetivo de registrar imagens de leopardos, orangotangos e outros animais selvagens.
As fotos dos primatas surpreenderam os pesquisadores, porque nunca houve uma fotografia que comprovasse a existência da espécie, o que dificultou a identificação desses animais, disse Brent Loken, pesquisador da Universidade Simon Fraser, do Canadá. O encontro foi tema de artigo científico publicado nesta sexta-feira (19) na revista “American Journal of Primatology”.
Com olhos cobertos, além de nariz e lábios rosados, seu habitat original era no nordeste de Bornéu, além das ilhas de Sumatra e Java, todas na Indonésia. Descoberto em 1934, o primata é considerado ameaçado de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).
Desaparecimento

A preocupação sobre uma possível extinção desta espécie surgiu em 2005, quando foi realizada uma extensa pesquisa de campo e comprovou-se que as áreas onde haveriam espécimes foram destruídas por incêndios, ocupação humana e conversão de terras para agricultura e mineração.

“Para mim, a descoberta deste macaco é representativa para as espécies da Indonésia. Há tantos animais que conhecemos pouco e já sabemos que suas casas estão desaparecendo rapidamente. Muitos deles podem entrar em extinção”, complementa Loken.
Uma expedição deve retornar a explorar uma área de 380 km² de floresta para tentar descobrir quantos langur-de-hose ainda vivem no local.

Fonte: http://g1.globo.com

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