Dos estudos que se têm notícia,
colhe-se o ensinamento de que o indígena sempre teve uma relação harmoniosa com
a natureza. O indígena valoriza o saber comunitário e a natureza, a chamada
“mãe terra”.
No cultivo, o homem os faz
irmãos. O milharal representa o espaço potencial da nutrição; no cultivo estão
implícitos os saberes do alimento da memória ancestral. Os saberes que surgem
dessa convivência cotidiana referem-se não só ao cultivo; vai sendo estruturada
uma noção de si mesmo originada na tarefa e nas atividades e disposições
requeridas para a aprendizagem do saber cultivar. Entre os diversos traços e
emoções implicados no desempenho, está um longo tempo dedicado ao silêncio e ao
sofrimento. A existência fica impregnada de ‘força vital’ através do cultivo
como saber sagrado. Para saber cultivar, é necessário o respeito à ‘mãe-terra’
e o cuidado.
É sábio quão importante é a terra
para o indígena. E justamente por adorarem a terra, a protegem, uma vez que
estes povos contam, na prática, somente com os recursos ambientais bióticos e
abióticos para realizar suas necessidades de subsistência; sua cultura, com
relação às atividades agrícolas, por exemplo, não está voltada para o consumo
de bens de mercado, como adubos ou implementos agrícolas. Por conseguinte, não
faz parte dos costumes e hábitos indígenas este tipo de relação com o mercado,
pois vivem uma realidade própria, diversa da do homem ocidental comum.
Os indígenas, assim como as ditas
comunidades tradicionais, respeitam o meio ambiente, visto que ele é o meio de
vida deles. Sua sobrevivência é diretamente dependente da conservação da
natureza. É possível cultivar a terra sem prejuízo do ecossistema, pelo recurso
e técnicas de manejo que, ao contrário das usualmente empregada por nós,
respeitam as características básicas das áreas manejadas e fomentam a
diversidade que lhes é própria.
O conhecimento que estas
populações têm ao manejar o meio ambiente, manejo este que não compromete o
ecossistema e acaba beneficiando o solo. Conforme os estudos de Leonardo Boff
acerca a Floresta Amazônica, as comunidades indígenas desenvolveram grande
manejo de floresta, todavia respeitando a singularidade de cada espécie, não
destruindo a natureza. Conclui que “ser humano e floresta evoluíram juntos numa
profunda reciprocidade”, o que resta demonstrado o respeito do indígena para
com a natureza.
Outro aspecto extremamente
importante a ser observado é o da íntima relação entre os povos indígenas e a
preservação do meio ambiente e a ecologia. Os povos indígenas são, dentre
todos, aqueles cujas formas de vida guardam maior proximidade com a natureza e
o meio ambiente. A preservação do meio ambiente é uma condição fundamental para
a reprodução da vida, nos moldes tradicionais, nas comunidades indígenas.
Há que se considerar então que
existe relação de respeito entre o índio e a natureza, podendo-se afirmar que o
índio, para sua sobrevivência, dentro dos métodos tradicionais, não agride o
meio ambiente, como faz o homem que vive na sociedade hegemônica.
Olá!
ResponderExcluirA relação dos índios com a natureza é belíssima. Gostaria muito de que todas as pessoas vivessem assim, essa simplicidade, esse amor por toda forma de vida... é encantador.
Adorei o blog e estou seguindo. ^-^
Deixo o link do meu caso queira fazer uma visita http://avegetaria.blogspot.com.br/
Beijos!!
Muito bom
Excluirpetrolina-pe
ResponderExcluirmuito bom
Oi.adorei,obrigado
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