sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Notícias Ambientais

Movimentos Sociais da Amazônia vão ao Planalto reivindicar cumprimento de metas do Projeto da BR-163 Sustentável

Representantes dos movimentos sociais de 58 municípios da área de abrangência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) foram à Brasília, nesta quinta-feira, dia 19, para uma audiência na Presidência da República com o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Roberto Martins Maldos e representantes da Casa-Civil e Ministério da Integração Nacional.
Durante a audiência, os 20 representantes dos movimentos sociais apresentaram um balanço da execução do Plano BR-163 Sustentável, que, segundo alegaram, foi abandonado pelo Governo Federal.
Lançado em 2006, o Plano BR-163 Sustentável foi construído com base da política de intervenção do Ministério do Meio Ambiente na região Amazônica. Seu objetivo era fazer um contraponto de governança social e ambiental no âmbito das obras de pavimentação da rodovia BR-163 Cuiabá-Santarém.
No ano passado, técnicos ligados aos movimentos sociais da região avaliaram a execução até 2011 e concluíram que a parte socioambiental do plano quase não saiu do papel. Exemplo disso foram as metas de regularização fundiária: 75% delas foram abandonadas ou nem sequer iniciadas. No item relativo a trabalho emprego e renda, só 25% das ações tiveram alguma execução. Veja gráficos abaixo:


2 - Gráficos extraídos da avaliação preliminar de execução das ações estratégicas previstas no Plano da BR-163 Sustentável.


6 - Gráficos extraídos da avaliação preliminar de execução das ações estratégicas previstas no Plano da BR-163 Sustentável.

“Além da baixa execução do plano, percebemos que a atual gestão não tem mantido o diálogo com os movimentos sociais da Amazônia”, afirma Rubens Gomes, presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), organização que congrega 602 entidades dos movimentos sociais da Amazônia Legal.
“Estamos aqui para restabelecer o diálogo com o governo, principalmente, agora em que a Amazônia se torna o principal foco de investimentos”, afirma.
Serviço – A audiência foi nesta quinta-feira (19.01), às 15hs, no Palácio do Planalto, sala 95. Presentes à audiência, estavam o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Roberto Martins Maldos, além de representantes da Casa-Civil e do Ministério da Integração Nacional. Por parte dos movimentos sociais, estavam 20 representantes das 74 entidades que assinaram a Carta de Santarém.
Para texto completo da avaliação preliminar de execução das ações estratégicas previstas no Plano da BR-163 Sustentável, clique aqui.
Para mais informações sobre a Carta de Santarém, clique aqui.

Código Florestal: ambientalistas iniciam campanha Veta Dilma

Ambientalistas e produtores rurais já definiram posicionamentos quanto à votação do texto do novo Código Florestal que será apreciado pela Câmara dos Deputados em março. Os defensores do meio ambiente iniciam campanha Veta Dilma, quem quiser, pode participar acessando o site www.florestafazadiferença.org.br. Os produtores rurais entendem que o texto está equilibrado.
Durante o programa Sustentabilidade apresentado por Ricardo Young, o presidente da Comissão do Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Assuero Veronez, disse que o texto do novo código deve ser votado em março. "Quanto mais longe melhor da Rio+20", afirmou o dirigente. O outro convidado, André Lima, integrante do Comitê Brasil em Defesa da Floresta, criticou o novo projeto. "O texto faz um apagão para trás ao conceder anistia aos produtores que desmataram irregularmente e para frente não tem incentivo concreto."
Na opinião do representante da CNA, o texto do projeto do novo Código Florestal enviado pelo Senado para apreciação na Câmara é de conciliação. "É o texto possível." Já Lima, entende que o projeto entrega uma parte das terras que era ocupada ilegalmente até 2008 por produtores rurais para o uso deles.
Veronez acredita que a votação em março, ainda longe da Rio+20, pode evitar a exploração do assunto pelos ambientalistas durante a conferência. Ele acusou os ambientalistas de fazerem campanha "insidiosa" contra o setor agrícola brasileiro no exterior. "Todo esforço para reduzir os desmatamentos não tem sido compensado com a flexibilização da legislação", ponderou.
Lima ponderou, durante o debate, que os ambientalistas querem que o Brasil use a área ambiental como diferencial, como oportunidade. Para ele, o Brasil deveria se orgulhar de ser um país produtor de alimentos e de ser potência ambiental.
Confira a íntegra do debate promovido pelo Programa Sustentabilidade clicando aqui.

ICMBio disponibiliza mapa dos animais sob ameaça de extinção

A população já pode conhecer e visualizar em um mapa a lista de espécies ameaçadas de extinção e a ocorrência dos animais em Unidades de Conservação (UCs) do governo federal. A lista pode ser acessada no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade: www.icmbio.gov.br.
A ferramenta permite ao usuário selecionar a unidade de conservação, conhecer as espécies ameaçadas, como a juguatirica (em foto, na capa), e saber mais sobre cada animal em risco.
Com a iniciativa, o ICMBio pretende ressaltar a importância das UCs para a proteção das espécies. O instituto apresenta em um novo formato as informações contidas no Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação federais.
"A primeira edição do Atlas identificou que 50% das espécies da fauna ameaçadas de extinção ocorrem em Unidades de Conservação federais", informa o coordenador-geral de Manejo para Conservação, do ICMBio, Ugo Vercillo. A segunda edição do Atlas está em elaboração.

Sistema pode ajudar a reduzir perda no abastecimento de água

Um novo sistema pode ajudar empresas responsáveis pelo abastecimento de água a reduzir o desperdício no momento do fornecimento. A metodologia propõe estudos de performance dos canos a partir da junção de quatro indicadores: vazamentos e perda de água, problemas de pressão e qualidade da água distribuída. Atualmente, o critério utilizado é o tempo de uso da tubulação.
Para o engenheiro mecânico Alex Orellana, autor do estudo, não adianta só classificar as zonas pela idade da tubulação. Existem áreas novas que podem estar em situação mais crítica do que as antigas. Resultados da pesquisa mostram que setores da cidade que estariam no topo da lista de prioridades por anos de uso, caíram para décimo na análise de desempenho.
Orellana explica que a utilização desses critérios é vantajosa para as empresas abastecedoras de água, como a Sabesp, em São Paulo. O processo de manutenção e troca da tubulação é caro e trabalhoso. Por isso, as empresas têm de saber por onde começar. "A metodologia indica quais são as prioridades. Assim, a partir do mesmo investimento, as empesas podem focar nas regiões com mais dificuldades e obter retorno maior."
O sistema é resultado de uma dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp e foi feito com base em dados da unidade norte da Sabesp.

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