sábado, 21 de janeiro de 2012

Notícias Ambientais

Brasileiras estudam produção de biodiesel com cianobactérias

Combustível feito com microrganismo seria mais vantajoso e sustentável. Nova tecnologia é desenvolvida por pesquisadoras da USP.


A Escola de Engenharia de Lorena e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), ligados à Universidade de São Paulo, conduzem pesquisas sobre a geração de biocombustível a partir de cianobactérias, um microrganismo que realiza fotossíntese, e que poderia substituir o uso de alimentos como milho e cana-de-açúcar.
Chamado de cianodiesel, desde 2010 esta tecnologia é pesquisada pelas professoras Marli de Fátima Fiore e Heizir Ferreira de Castro. O principal resultado, até agora, foi a produção de diesel em pequena escala, possível através da transformação dos lipídios presentes nas cianobactérias, acumulados por meio da fotossíntese.
A produção comercial do cianodiesel poderia ser mais vantajosa e mais sustentável que a de biodiesel produzido a partir de plantas, como cana-de-açúcar, milho e palma, defende Caroline Pamplona, pós-doutoranda da USP que participa da pesquisa.
Primeiro, porque o período de produção de biomassa das cianobactérias é muito curto, podendo chegar a apenas dez dias. A colheita do milho, por exemplo, só ocorre depois de mais de cem dias do plantio. Além disso, a capacidade de armazenamento de lipídios é muito alta e pode chegar a metade da biomassa do microrganismo.
Outra possível vantagem, segundo a pesquisadora, é que não é preciso terra para cultivar cianobactérias. Assim, não haveria interferência na geração de alimentos - uma crítica existente à geração de biocombustíveis com plantas.
Perspectiva comercial
Mas ainda não existem respostas científicas sobre como seria a produção comercial do cianodiesel. Entre as opções estariam bioreatores fechados e tanques abertos. Também não existem estimativas sobre a produtividade deste tipo de biocombustível, ou seja, quanto de óleo seria obtido a partir de uma área “cultivada” com cianobactérias.
Uma das primeiras etapas do trabalho das pesquisadoras da USP foi selecionar linhagens adequadas para a produção de biodiesel. Só no Cena, existe um banco de cultura com mais de 500 tipos de cianobactérias, isoladas de diversos ecossistemas, como manguezais, caatinga e Mata Atlântica. Dessas, apenas duas não tóxicas foram selecionadas para experimentos de produção de biodiesel.
Agora, o próximo passo da pesquisa é buscar obter viabilidade comercial para a produção de cianodiesel, explica Caroline. Uma estratégia é aumentar a quantidade de lipídios produzidos pelos microorganismos, inclusive via engenharia genética.

 http://g1.globo.com


Fixados novos critérios para uso do Selo da Agricultura Familiar

Todo produto cuja matéria-prima for proveniente da agricultura familiar vai receber, a partir de agora, o Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).
A portaria, que traz a determinação, está publicada desde o dia 17 no Diário Oficial da União e traz outra novidade. Até hoje, apenas a Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário podia conceder o selo. A partir de agora, as instituições (públicas ou privadas) que estabelecerem parcerias com o ministério também poderão certificar o produto com o selo.
O uso do Sipaf tem caráter voluntário e representa um sinal identificador de produtos que tenham por objetivo fortalecer a identidade social da agricultura familiar perante os consumidores.

Fonte: Agência Brasil


Bichos ameaçados em UCs federais, online

Está disponível no site do ICMBio um mapa que permite visualizar, via Google Earth, a lista das espécies ameaçadas com registro de ocorrência em unidades de conservação (UC) federais. A ferramenta permitirá que o usuário selecione uma unidade de conservação e conheça as espécies da fauna ameaçadas de extinção.
A iniciativa apresenta em um novo formato as informações contidas no Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção em Unidades de Consevação Federais, lançado em 2011. A primeira edição identificou que 50% das espécies da fauna ameaçadas ocorrem em UCs federais.

Fonte: www.icmbio.gov.br/


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