A NASA – e o seu Earth Observatory – está estudando cada detalhe do carbono na Terra. Este texto explica porque é importante medir as florestas no mundo. Acima e abaixo, alguns dos mapas que já foram produzidos.
As florestas cobrem 30% da superfície terrestre. (Mapa por Robert Simmon, com dados do MODIS Land Cover Group, Universidade de Boston.).
A altura das florestas do mundo vão dos mais de 40 metros (na costa do Pacífico, nos Estados Unidos) a menos de 20 metros (nas florestas do Ártico). Mapa por Jesse Allen & Robert Simmon, com dados coletados por Michael Lefsky, da Universidade do Colorado.
Árvores produzem climas mais amenos, mais úmidos e ainda por cima liberam oxigênio. Elas fazem as correntes de vento abrandarem, dão sombra, são abrigo para animais, fixam o solo… A vantagem de árvores (e florestas) são muitas: elas também servem como combustível, remédio e material de construção desde sempre.
Para completar, ajudam a fixar carbono – evitam o acúmulo de CO2 na atmosfera – e ainda o transformam em glicose, a molécula maravilhosa da energia para todos os seres vivos.
Cientistas estimam que os humanos liberam cerca de nove bilhões de toneladas de carbono (a maior parte é CO2) na atmosfera todo ano, principalmente pela queima de combustível fóssil e desflorestamento. Cerca de quatro bilhões vão para a atmosfera e dois bilhões são absorvidos pelos oceanos – graças à fotossíntese das algas.
Os restantes três bilhões precisam ser reabsorvidos por ecossistemas terrestres, mas os cientistas ainda não sabem exatamente onde.
As florestas são consideradas os maiores “bancos” de carbono – seja o emitido pelos nossos processos ou por motivos naturais. Elas cobrem cerca de 30% da superfície da Terra, respondem por 50% da produtividade vegetal. Estima-se que cerca de 45% do carbono fixado na terra está nas florestas.
As florestas já fixaram mais carbono no passado? Será que elas podem dar conta de mais no futuro? Ninguém consegue realmente responder a estas perguntas, porque não se sabe quanto carbono as florestas suportam.
O que realmente se sabe é que a atividade humana retira carbono estabilizado em ecossistemas – como rochas, combustíveis e florestas antigas – e o transforma em estabilização de curto prazo, o que tem impacto direto no meio ambiente.
Um exemplo: quando desmatamos, retiramos árvores que podem estabilizar carbono por centenas de anos. E aí colocamos no lugar da floresta plantações ou pastos que estabilizam menos carbono por muito menos tempo. No caso de construções, não se estabiliza quase nada – ou nada.
Steve Running, da Universidade de Montana avisa: “Nosso maior reservatório de carbono terrestre são florestas e árvores. E elas também são a maior fonte de carbono terrestre. Então uma das coisas mais básicas que temos que fazer é entender como formular melhor o inventário de carbono em nossas árvores”.
A chave se chama biomassa – a massa total de organismos que ocupa uma determinada área. A regra para os ecologistas hoje é que uma árvore acumula 50% de sua biomassa seca. Resultado: se você pode estimar a biomassa das árvores em uma certa floresta, você saberá quanto carbono ela estabilizou. Fazer esta contagem todo ano, por várias décadas e até séculos, pode, então, ajudar a entender como o carbono está se movendo no planeta.
As árvores sempre são apontadas como a solução para a equação do carbono. Num raciocínio econômico, alguns argumentam que a gente pode sair do grande problema (aquecimento global, deterioração climática) tornando nossas paisagens mais verdes.
Para descobrir o que realmente acontece, a NASA resolveu fazer o que faz melhor: observar, mapear, quantificar. Seus cientistas estão medindo as florestas dos Estados Unidos e do mundo de forma permanente. E fazendo as contas.
Fonte: http://www.ecoblogs.com.br/
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