Energia despendida durante uma caminhada intensa ou pela prática de exercícios físicos seria suficiente para recarregar celulares e outros aparelhos portáteis.
Imagine a cena: você está caminhando na rua e pega o celular para fazer uma ligação, quando se dá conta de que a bateria está totalmente descarregada. Daí, sem demonstrar um pingo de frustração, você coloca o celular no bolso da calça, pula durante alguns minutos e, voilà, uma “barrinha” de energia aparece no visor.
Se depender de uma equipe de pesquisadores do Centro de Nanotecnologia da Universidade Wake Forest, essa situação digna de filme de ficção científica pode virar realidade. Em artigo publicado este mês na revista "Nano Letters", eles anunciaram o desenvolvimento de uma espécie de filtro termoelétrico capaz de produzir energia a partir do calor libertado pelo corpo humano.
Com isso, a energia despendida durante uma caminha intensa ou pela prática de exercícios físicos seria suficiente para recarregar celulares e outros aparelhos portáteis. Chamado de “Power Felt” ("feltro de energia", no português), ele é formado por nanotubos de carbono que geram energia a partir da diferença de temperatura entre o corpo e o meio ambiente.
Em comunicado divulgado no site da universidade, os cientistas explicam que se trata de uma tecnologia para uso potencial em diversos produtos – de automóveis à smartphones. Será possível, por exemplo, aproveitar a energia liberada pelo movimento das engrenagens de um carro para recarregar baterias. O mesmo forro também poderá ser usado para fornecer energia a equipamentos esportivos acoplados às vestimentas para medir o desempenho dos atletas.
Apesar de promissor, o projeto precisa de tempo e investimento para ganhar corpo e chegar ao mercado. Segundo o doutorando Corey Hewitt, que está em envolvido na pesquisa, hoje o "feltro de energia" é capaz de gerar 140 nanowatts de eletricidade, o que equivale a um milionésimo da energia gasta por um iPhone em repouso.
Para aumentar a geração de energia, diz o pesquisador, seria necessário adicionar camadas de feltros umas sobre as outras. No momento, a Universidade Wake Forest busca investidores para produção comercial do feltro termoelétrico.
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