sábado, 24 de março de 2012

5 tecnologias para o tratamento da água

Não é preciso ser nenhum especialista para saber que a distribuição de água potável não é igual para todas as pessoas no mundo, e muitas delas ainda enfrentam problemas com seca, poluição e desastres naturais. Por isso, muitos pesquisadores buscam encontrar meios de conseguir água saudável para aqueles locais mais devastados.
Confira cinco deles:

EM-1

Os microrganismos que antes eram usados para fermentar o leite e o vinho agora são utilizados para despoluir rios e lagos. As chamadas bactérias ácido-laticas são induzidas a trabalharem na produção de subprodutos benéficos que promovem a saúde do meio ambiente por meio da tecnologia EM-1.
Com esses seres vivos é possível despoluir afluentes e lagos por meio da decomposição de matéria orgânica. Essa tecnologia já é usada em mais de 150 países e tem como maior incentivador o Japão. Como esses microorganismo estão presentes em ambientes comuns como o estômago de animais, no solo e na água, só que em baixa concentração, não há riscos de contra-indicações da tecnologia.

Bicicleta produz água filtrada


A empresa japonesa Nippon Basic lançou um sistema de purificação de água que é acionado por energia produzida por pedaladas. A bicicleta purificadora consegue produzir cerca de cinco litros de água limpa em apenas um minuto.
Uma das ações de marketing da empresa é disponibilizar o produto em Bangladesh, país que sofre com desastres naturais e precisa de transporte rápido para o abastecimento de água.

Destilador de água de baixo custo

Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um destilador de água laboratorial de baixo custo. Enquanto os destiladores tradicionais gastam em torno de R$280 para destilar 1m³ de H2O limpo, o produzido pela universidade custa cerca de 20 vezes menos.
A pesquisa surgiu de estudos envolvendo radiação solar e ultravioleta. Para realizar o aquecimento que gera a purificação, a equipe utiliza um equipamento construído com peças de aquecedor solar doméstico.
Apesar de ainda ter um potencial produtivo relativamente baixo (o equipamento é capaz de destilar até 3,3 litros de água ao dia, enquanto o sistema convencional produz até 30 litros em cinco horas), a equipe acredita que o projeto tem tudo para ser utilizado dentro de inúmeros segmentos produtivos, como em laboratórios de análises químicas, clínicas e biológicas.

Banana para a extração de metais da água

Um estudo brasileiro do Instituto de Biociência de Botucatu encontrou uma solução natural para a purificação de água contaminada com metais pesados: o uso de bananas. Tradicionalmente, os engenheiros utilizam silica, celulose e óxido de alumínio para retirar os metais, mas essas estratégias acabam provocando o acumulo de toxinas nos próprios pesquisadores.
Para o estudo, o grupo de Botucatu colocou bananas da terra em frascos de água com concentrações de metais conhecidas, além de construir um filtro com cascas da fruta. Segundo o responsável pelo estudo, Gustavo Castro, nas duas tentativas o metal foi removido da água e se acumulou nas bananas.
Entretanto, Castro não aconselha que as pessoas tentem fazer a experiência em casa. Para os iniciantes, a concentração de metal na água é praticamente ilegível. Além disso, mesmo que a banana remova uma quantidade do elemento, não será possível mensurar ao certo o valor.

Dessalinização de água em Dubai

A falta de água no deserto dos Emirados Árabes é visível, mas o monte de dinheiro investido para o desenvolvimento do turismo da região culminou na tecnologia de dessanilização da água. A água consumida por Dubai, uma das cidades mais ricas do mundo, é produto de um caro processo de extração do sal da água colhida do mar do Golfo Pérsico. Essa água abastece vários setores da cidade, inclusive o parque aquático Wild Wadi Park que gasta estimados 200 mil dólares por dia para repor a água de suas piscinas.



Portal EcoD

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