III Fórum Mundial de Sustentabilidade
Vai acontecer entre os dias 22 e 24 de março, o terceiro Fórum Mundial de Sustentabilidade em Manaus. Estarão presentes palestrantes de peso como Gro Harlem Brundtland, ex Primeira Ministra da Noruega que liderou a famosa comissão da ONU que escreveu o relatório “Nosso Futuro em Comum” em 1987, motivando a ECO 92 no Rio de Janeiro. Também estarão lá Brice Lalonde, diretor executivo da Rio+20, o ex presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex Primeiro Ministro da França Dominique de Villepin, o diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, a ativista de direitos humanos Bianca Jagger e muitos outros.
Estes encontros são bons nos atualizarmos com o que está acontecendo na linha de frente do mundo da sustentabilidade e o que estão pensando os líderes de governos, empresas e da sociedade civil.
Para mim, talvez a presença mais marcante será da Sylvia Earle, oceanógrafa e pesquisadora da National Geographic, que hoje é a maior autoridade mundial em ecosistemas marinhos. Ela virá trazer informações sobre o estado dos oceanos do planeta hoje. Este é um tema ainda muito pouco discutido no Brasil, mas que merece receber mais atenção do governo e de empresas, especialmente agora que os riscos da exploração de petróleo em alto mar devem aumentar devido ao pré-sal.
Apenas pouco mais de 1% do nosso mar territorial está incluso em algum tipo de área protegida. Mas paira sobre o arquipélago de Abrolhos, o mais importante conjunto de formações de coral no Atlântico Sul, a ameaça da exploração de petróleo em áreas próximas. Outras regiões do nosso litoral sofrem com a eliminação de manguezais para o cultivo de camarão ou então para a construção de portos ou especulação imobiliária.
É necessário iniciar uma discussão nacional sobre uma política de proteção para o mar e ecossistemas litorâneos. É isso que espero que aconteça com a visita da Dra. Sylvia Earle.
Ativistas do Greenpeace visitam governador e anunciam chegada do navio da organização no Amapá dia 27 de abril de 2012
O governador Camilo Capiberibe recebeu a visita dos ativistas do Greenpeace, Francisco Brito e Márcio Astrine. Eles vieram em missão e conversaram sobre a participação da organização e do Amapá no evento Rio+20 e da visita do navio do Greenpeace, o Arctic Sunrise, ao Estado no final de abril deste ano. A vinda do navio ao Amapá faz parte da programação da ONG que promove a paz e defende o meio ambiente em busca da mudança de atitude das pessoas com relação à preservação ambiental.
Eles consideram o Rio+20 a maior oportunidade de discussão sobre questões ambientais mundiais, e o Amapá com grandes possibilidades de se destacar pelo nível de compromisso do governo e da sociedade com o meio ambiente e quantidade mínima de área desmatada. A passagem do navio pelo Estado faz parte da agenda do Greenpeace, que culmina no Rio+20.
Eles participam do evento com discussões paralelas com a sociedade sobre floresta e a matriz energética em termos globais.
A embarcação veio dos Estados Unidos e entrou no Brasil pelo Amapá, quando fez o procedimento alfandegário, e seguiu para Manaus, onde abre as portas para o público dia 23 deste mês. O navio é conhecido por denunciar crimes ambientais, promover alternativas de atitudes ecologicamente corretas e por contribuir para a discussão de um novo modelo de desenvolvimento sustentável. Construído há seis anos, ele atrai por demonstrar na prática modelos sustentáveis de desenvolvimento e locomoção.
Ele é movido à vela, o motor só é utilizado em casos necessários para a navegação, como a passagem por canais estreitos. Dentro do navio, os visitantes podem ver as exposições fotográficas que mostram tanto a beleza como o descaso com o meio ambiente. Chama também a atenção o sistema de reciclagem de lixo e de ventilação que não agridem o meio ambiente.
O navio chega ao Amapá no dia 27 de abril, e ficará atracado na Docas de Santana. Entre os dias 28 e 30 abre as portas para o público. Além da tripulação, chegam no navio ambientalistas, convidados, imprensa nacional e internacional, além de celebridades do mundo artístico engajados na luta pela preservação ambiental.
A coordenação do Greenpeace e o Governo do Estado do Amapá planejam como será o acesso à embarcação. Daqui eles navegam até Belém, de onde seguem para Recife e finalmente Rio de Janeiro, onde participam do Rio+20.
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