sábado, 17 de dezembro de 2011

Temos o que comemorar?


O homem, quando pratica o ato de queimar a pastaria e as matas, não tem consciência que este sistema levou anos para formar todo aquele trinômio harmonioso que conhecemos e que todos os seres vivos precisam para viver: solo, água e luz. Para apreciadores da natureza é um santuário ecológico que, uma vez preservado, poderá ser utilizado como fonte de exploração turística, frente permanente de estudos do poder medicinal de muitas ervas naturais renováveis etc.


A falta de um direcionamento técnico e de conscientização ecológica na exploração dos nossos recursos florestais vêm acarretando prejuízos irreparáveis a flora mais rica do planeta, onde encontramos algumas das principais formações vegetais encontradas no território brasileiro.


O desmatamento na Amazônia caiu 11% em 2011 e tem menor nível desde 1988, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). Esse cenário é até louvável, mas precisamos cuidar mais de nossas florestas e permitir que as gerações futuras possam usufruir o que ainda resta dos nossos vários biomas florestais. Para isso devemos ter consciência de nossas ações e protestar acerca do Novo Código Florestal que, aliás, já virou um longa metragem do tipo drama/suspense. Pois, de acordo com deliberação da reunião de líderes de partidos, realizada nesta terça, 13 de dezembro 2011, a votação do texto que altera o Código Florestal deve acontecer apenas em março de 2012 na Câmara dos Deputados. Se isso quer dizer, de um lado, mais tempo para debater o tema, por outro pode abrir espaço para que deputados da bancada ruralista tornem ainda pior uma peça que já não atende aos anseios da sociedade brasileira no sentido de estimular a conservação das florestas e o uso racional dos recursos naturais. 


Enquanto isso, em Terras Tucujús... Com o objetivo de reduzir o desmatamento na região amazônica, o Governo do Amapá estuda a implantação de um centro de geoprocessamento, cujas atividades serão o monitoramento da cobertura vegetal do Estado, utilizando tecnologias mais eficientes, como imagens de satélite. Também está prevista a implementação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Amapá (PPCDAP).


No Amapá, 72% das áreas de floresta são formadas por áreas protegidas – sendo 19 Unidades de Conservação (62%) e cinco unidades de Terras Indígenas (10%). Somadas à área destinada à silvicultura, que corresponde 156.751 hectares, tem-se um total de áreas alteradas no Estado de aproximadamente 397.430,32 hectares, o que representa 2,78% do Amapá.


No Brasil, as autoridades constituídas, os órgãos oficiais ligados ao meio ambiente e os brasileiros precisam saber como e quando estão usando os recursos naturais renováveis para poderem preservar. Esta necessidade se baseia no conceito de que muitos recursos naturais podem acabar, mesmo quando são renováveis, caso não sejam utilizados de forma racional.


A preservação ambiental interessa a todos que mantêm suas atividades empresarias baseadas na exploração dos recursos naturais, como também aos que são empregados por estas empresas. Além disto, permitiria que as gerações futuras viessem a ter a oportunidade de conhecer as belezas que a natureza oferece.

Um comentário:

  1. Enfim surge um espaço que tem grande potencial de falar sobre a natureza sem demagogias ou modismos. E gerido por um amante apaixonado pelo tema. Um engenheiro florestal que abra caminho pelas veredas do mundo em que vivemos e traga luz a consciência ambiental.

    Parabéns pela decisão.

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