O microclima de uma floresta caracteriza-se, primeiramente, pela modificação da luz que penetra através da cobertura das árvores. Nas áreas com árvores tipo coníferas, a luz é fortemente reduzida, mas pouco modificada qualitativamente. Já nas áreas ocupadas por árvores tipo folhosas, a luz sofre uma grande absorção seletiva que lhe dá uma tonalidade amarela esverdeada quando as árvores estão com folhas. Numa floresta temperada, a iluminação no nível do solo, pode diminuir a 2% quando comparado a um terreno descoberto. Em florestas tropicais a iluminação varia entre 0,1 e 1%.
A temperatura dentro das florestas tropicais pode ser de até 7 a 10ºC menor que fora dela, o que pode ter uma grande importância biológica. As temperaturas do solo nos primeiros 40 cm de profundidade oscilam ao redor de 23°C durante o dia, podendo chegar a 40°C em áreas abertas, sujeitas a maiores flutuações diárias.
Também o déficit de pressão de vapor dentro da floresta, apresenta valores máximos de 25% daqueles observados em áreas abertas, e a umidade relativa do ar obedece a um gradiente crescente do dossel para o piso. A limpeza e cultivo de solos de floresta podem aumentar as taxas de decomposição de MOS por causa de um aumento geral na temperatura do solo, aeração e atividade microbiana mais intensa. Altas temperaturas no solo resultam em altas taxas de respiração. A temperatura do solo, dessa forma, pode predizer, razoavelmente, as taxas de respiração no solo.
O microclima florestal, diante do exposto, pode exercer forte influência sobre as taxas de ciclagem de nutrientes, velocidade de decomposição, mineralização e, por conseguinte, sobre a disponibilidade de nutrientes para as plantas, o que o diferencia de culturas não florestais, com microclima diferenciado, como os sistemas de manejo com revolvimento e não revolvimento (Sistema plantio direto) do solo, cultivo mínimo, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário