sábado, 18 de fevereiro de 2012

Planeta Sustentável

Parede ecológica purifica o ar em escritórios

Arquitetos projetam tela modular para plantas que melhora o clima em ambientes internos.

Passar pelo menos oito horas por dia enclausurado em um escritório sem graça, com carpete no chão, exposto ao ar condicionado frio e, na maioria das vezes, sem contato visual com uma paisagem agradável pode ser um composto explosivo para a saúde e o bem-estar de qualquer pessoa.
Pensando nisso, o Centro de Arquitetura, Ciência e Tecnologia (Case), em Nova York desenvolveu uma parede ecológica que ajuda a melhorar a qualidade do ar e o clima nos escritórios e outros ambientes internos. A técnica baseia-se no processo chamado de fitorremediação, que usa plantas para remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema contaminantes do solo, água ou ar.
O sistema projetado pelo Case consiste em plantas hidropônicas instaladas em uma tela modular que pode ser deslocada. Em vez de estarem enterradas no solo, as raízes das plantas ficam expostas, o que aumenta a capacidade de purificação do ar em até 300%.
Segundo seus criadores, a parede verde tem efeito benéfico sobre a qualidade do ar semelhante ao de cerca de 800 plantas de vaso. Um canal interno é responsável pela irrigação por gotejamento que fornece água fresca para as plantas.
Outros projetos voltados para a melhoria do clima em ambientes internos têm surgido. Um exemplo recente é o “Plant Window”, dos designers Jianxing Cai, Chao Chen, Qi Wang, & Jiang Wu, uma janela de plantas que funciona como uma cortina que filtra a luz e ainda garante um toque verde ao ambiente.

Kuwait ganha aeroporto futurista sustentável

Design do edifício equilibra o espaço com simplicidade, facilidade de uso; estrutura é inspirada em formas e materiais locais.

Aeroporto Internacional do Kuwait vai aumentar significativamente sua capacidade e estabelecer um centro aéreo regional no novo Golfo por meio de um projeto sustentável.
O objetivo estratégico do projeto vai ser acompanhado por um edifício terminal, o qual visa fornecer conforto para os passageiros, além de definir um marco ambiental para os aeroportos internacionais.
O design do edifício equilibra o espaço com simplicidade, facilidade de uso e tem uma estrutura inspirada em formas e materiais locais. Ele terá poucas mudanças de nível. O terminal tem um plano de trevo, com três alas de portões de embarque. Cada fachada mede 1,2 km com uma extensão a partir de um espaço central com 25 metros de altura. Já a estrutura de concreto fornece massa térmica e o telhado tem painéis solares para coletar energia.
Ele deve ter um telhado único com aberturas envidraçadas capazes de filtrar a luz do dia, enquanto desviam a radiação solar direta. A cobertura estende a sombra para proteger uma praça de entrada. Ela é suportada por colunas de concreto com formas orgânicas, inspiradas no movimento dos barcos à vela, tradicionais do Kuwait.
Com essa grande reforma, o Kuwait pretende receber a certificação LEED Gold (Leadership in Energy and Environmental Design) e se tornar o primeiro aeroporto do mundo a atingir este nível de certificação ambiental. Esse selo verde representa que a construção é conhecida e aceita internacionalmente segundo práticas sustentáveis.
O local de desembarque terá a área de bagagens cercada por cascatas de água para resfriamento. O paisagismo em torno do aeroporto terá um oásis ao redor do prédio com as espécies nativas de deserto ao longo da estrada de acesso.
O plano diretor foi feito pelo escritório de arquitetura inglês Foster and Partners. Inicialmente, o aeroporto irá acomodar 13 milhões de passageiros por ano, número que pode aumentar para 25 milhões e até acomodar 50 milhões de passageiros com maior desenvolvimento.

Inglaterra ganha primeira casa anfíbio à prova de enchente

Autorizada pelo governo britânico, instalação no Rio Tâmisa é capaz de “levantar e flutuar” durante inundações, protegendo os moradores e evitando danos materiais.

Além dos estragos à infraestrutura das cidades, as grandes tempestades e enchentes têm mostrado o seu lado mais cruel - o de tirar vidas humanas e deixar milhões de desabrigados - com uma intensidade surpreendente. E a situação só deve piorar nos próximos anos, em decorrência das alterações climáticas.
Preocupados com a questão, a firma de arquitetura britânica Baca desenvolveu uma casa anfíbio capaz de resistir às enchentes. Primeiro projeto deste tipo a receber autorização do governo inglês, a casa de 225 metros quadrados de área está sendo construída a apenas 10m da margem do rio Tâmisa, em Male, no condado de Buckinghamshire. Ela será erguida em bases fixas, como um edifício convencional, mas em caso de inundações na região, a casa será capaz de levantar e flutuar, mantendo a salvo seus ocupantes.
A resistência à agua deve-se ao que os arquitetos chamam de "golfinhos", postes verticais normalmente encontrados em marinas que mantêm a instalação flutuante no lugar durante uma cheia. Outra curiosidade da casa anfíbio é o jardim com terraço em três camadas, que foi projetado para funcionar como um sistema precoce de alerta de inundações, possibilitando ao morador acompanhar a elevação gradual do nível do rio. O jardim em camadas também tem a função de reter água. Com um valor estimado em 1,5 milhões de libras, a casa anfíbio britânica custa cerca de 20% a 25% a mais do que uma construção convencional e de tamanho similar.
Apesar de pioneira na Inglaterra, a iniciativa já tem exemplos de sucesso em outros países. Em entrevista ao Wired.co.uk, Richard Coutts, diretor do escritório Baca, afirmou que sua equipe tem colaborado com especialistas pelo mundo para o desenvolvimento de construções resistentes à enchentes. Em 2005, ele ajudou o Grupo Dura Vermeer a construir 32 casas anfíbias e 14 casas flutuantes na Holanda. Projetadas para acomodar uma diferença do nível de água de até 5,5 m, todas as estruturas foram postas à prova durante as enchentes do ano passado – e, como prometido, resistiram firmes e fortes.

Banda de rock faz show movido a pedaladas

Os músicos do CO2Zero cantam sobre sustentabilidade e dão exemplo com geradores movidos a bicicletas ergométricas.

No show da banda de rock CO2Zero, de Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo, ninguém fica parado. Seja pelo som, seja pela causa que os integrantes defendem. Tudo no grupo remete à sustentabilidade, desde as letras das músicas, até a atitude: a energia elétrica usada para iluminação e para os próprios instrumentos é produzida por geradores movidos a pedaladas.
“São bicicletas ergométricas adaptadas a geradores elétricos. Toda a eletricidade que usamos vem das pedaladas, ou seja, tem que ter gente ajudando o tempo todo. Se não pedalar, não tem música”, diz Kleber Amedi, baixista da banda.
A ideia do projeto “Pedal Sustentável” é do baterista da CO2Zero, José Carlos Armelin. Formado em engenharia eletrônica e professor universitário, ele desenvolveu o sistema que conecta as bicicletas ao gerador e distribui a energia às luzes e amplificadores.
“O Armelin sempre foi preocupado com o meio-ambiente, e adora música e bicicleta. Ele decidiu unir as três coisas no mesmo projeto. Nós nos conhecemos em um show em que ele estava com a bateria, o gerador e a bicicleta”, diz Amedi, que é engenheiro químico e trabalha com saneamento e projetos de sustentabilidade há 15 anos.
No repertório, que é sucesso entre universitários e estudantes do ensino médio e fundamental, rock e pop são os ritmos de músicas que transmitem lições de sustentabilidade. É o caso de “Mundo das Sacolas”, paródia da canção “Flores”, dos Titãs: “Olhei até ficar cansado/de ver tantas sacolas de plástico/Chorei por ver descartadas/as sacolas que estão no canteiro.../A educação vai curar essas lástimas/As sacolas têm gosto de lágrimas...”.
'Ecochatos'
Todo o trabalho da banda é feito na base da conscientização, mas sem forçar a barra. “Não queremos o rótulo de 'ecochatos', 'biodesagradáveis'. Isso tem que ser algo prazeroso, natural, e sempre dando o exemplo”, diz Amedi. Portanto, nada de discursos pesados, ou discussões intermináveis. As mensagens são curtas e, na maioria das vezes, bem-humoradas.
Segundo o baixista, a fórmula tem dado certo. Os shows já deram origem a um projeto de reciclagem em Santa Bárbara do Oeste, e estimularam as pessoas a criar o hábito da “carona solidária”, para diminuir a circulação de carros durante a semana. Mas o maior sucesso são mesmo as bicicletas que abastecem de energia elétrica as apresentações. A banda até carrega a tiracolo um “pedalador oficial”, caso ninguém na plateia esteja em condições de ajudar. Mas geralmente não é o que acontece
”Em Uberaba, até uma senhora de 82 anos foi pedalar. As pessoas se sentem parte da banda”, afirma Amedi. Depois do show, elas saem precisando de um banho, que, diga-se de passagem, tem que ser curto. É como diz a letra de “Banho”: “Trabalhei o dia inteiro/ só quero chuveiro/ tenho placa solar/ pro meu banho esquentar/ mas nada disso adianta/se água eu desperdiçar/10 minutos de banho/bastam pra eu me lavar”.

exame.abril.com.br 

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