Mesmo com intenções ambientalmente responsáveis, o consumidor precisa ter cuidado para não ser vítima do chamado "greenwashing", quando as empresas usam ideias ecologicamente responsáveis para promover serviços que não batem com a imagem que vendem. Primeiramente, para não cair na propaganda enganosa, é preciso saber a diferença entre produtos considerados ecológicos, verdes e sustentáveis.
Produto Ecológico é aquele que é produzido com a preocupação, quase que única, de preservar o meio ambiente o mais intacto e, se for possível, reconstituído. Ou seja, são produtos que possuem na cadeia produtiva o princípio de não gerar grandes alterações no equilíbrio do ecossistema. Por exemplo, uma madeira extraída de um manejo sustentável onde a floresta estará reconstituída em alguns anos é ecológica. Uma cadeira que vier a ser feita com essa madeira é ecológica. Se vier a ser feita com respeito aos direitos humanos e do trabalho, será uma cadeira com responsabilidade socioambiental. O ideal é que tenha o Selo Cerflor ou FSC. Se estivermos falando de tintas, por exemplo, apenas os índios produzem de maneira sustentável. Afinal, eles utilizam os recursos naturais sem desequilibrar a fauna e flora da região.
Produto Verde é aquele que se preocupa em menores impactos ambientais (p.ex. eficiência energética, origem dos materiais etc...) e também com a saúde humana. Isto é, dizem respeito ao cuidado da empresa com a redução de impactos como um todo. Não só com as consequências para o ecossistema. Também se preocupa, por exemplo, em fazer investimentos em eficiência energética e reduzir o desperdício de água durante o processo de produção. Além disso, existe uma preocupação com a saúde dos usuários. A intenção é de que o produto não cause danos aos seus consumidores. Por exemplo, fogões e eletrodomésticos com os Selos CONPET e PROCEL.
Produto Sustentável é aquele que respeita o consumidor, a sociedade e o meio ambiente. É um produto desejado, competitivo, não faz mal à saúde, tem qualidade comprovada para o que se propõe e é desenvolvido, fabricado e comercializado de forma socioambientalmente responsável. Há investimentos em questões como durabilidade e resistência e Inclusive em sua forma de gestão, respeitando também a legislação social, ambiental e trabalhista. A cadeira ecológica e socioambientalmente correta pode não ser sustentável se, por exemplo: não tiver um design que desperte o interesse no consumidor (pode não vender e virar desperdício!) ou se tiver um verniz ou pintura agressiva ao trabalhador ou usuário.
Sustentax/investia.com.br
Boa matéria, consultoria nem sempre é tão fácil na pratica, as vezes o contexto teórico trás algumas surpresas desagradáveis da prática, mas com o tempo você pega o jeito.
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