“É fácil o meu endereço, vai lá quando o sol se por, na esquina do rio mais belo, com a Linha do Equador”. (Zé Miguel/Fernando Canto)
As paisagens naturais de Macapá, constitutivos da grande diversidade amazônica, inspiram verdadeiros espetáculos. Enumero alguns pontos interessantes que dão a ideia do grande potencial que tem e que precisam ser preservados para que a atual e as futuras gerações possam usufruir.
Lagoa dos Índios - localizada na Rodovia Duca Serra, é uma Área de Preservação Permanente – APP, sendo o habitat natural de garças e várias espécies de peixes como: acará, tamuatá, tucunaré, traíra, jandiá, anujá, matupiri, pratinhas, sarapó, etc. Completa a paisagem da lagoa, uma belíssima manada de búfalos. A lagoa dos índios, apesar de sofrer com as constantes ações de pessoas desinformadas que nela jogam detritos e lixos, é beneficiada pela presença natural de uma planta chamada aguapé, que retira e filtra as impurezas das águas, mantendo-a sempre límpida.
Curiaú - a comunidade do Curiaú fica em uma região próxima do núcleo urbano de Macapá. Sua população é formada predominantemente de negros descendentes de escravos africanos. Trata-se, na verdade, de um núcleo composto por cinco comunidades: Curiaú de dentro, Curiaú de fora, Casa Grande, Curralinho e Mocambo, que procuram manterem-se fiéis às tradições, principalmente quanto às festas, danças, culinária e crenças religiosas. O Curiaú é dotado de excepcional beleza, graças à paisagem natural que ostenta: lagos, florestas e savanas. A população que lá reside, sobrevive basicamente dos produtos extraídos da natureza: agricultura – cultivo de arroz, banana, abacaxi, cana-de-açúcar, etc, pecuária – criação do gado bubalino e outras criações domésticas (aves) e pesca.
Rio Amazonas - nasce nos Andes Peruanos, com o nome de Solimões, até receber o Rio Negro em Manaus, quando passa a denominar-se Amazonas. Tem sua foz no litoral norte brasileiro, onde descarrega o maior volume de água doce no oceano Atlântico. Durante o seu percurso, o rio transporta muitos sedimentos, que deram origens a diversas ilhas em sua foz, como a Ilha do Marajó, com 48 mil Km2, que é a maior ilha fluvial marinha do mundo em contato com o oceano. Há também as Ilhas Cavianas e Mexiana, dentre outras. A foz do rio Amazonas é mista: delta estuário.
Parque Zoobotânico - oferece aos visitantes, exemplares variados da fauna amazônica, representada por onças, antas, capivaras, veados, macacos, jacarés, jabutis, aves (jaburu), pássaros, peixe boi, dentre outras; e da flora, com espécies arbóreas nativas e exóticas. Atualmente, encontra-se fechado à visitação, devido reformas e adaptação para receber novos animais capturados por contrabando e abandono.
Casa do Artesão – está situada na Avenida Azarias Neto, na frente da cidade. Lá se encontra o melhor do artesanato amapaense, destacando-se os objetos em madeira; artigos em vime; objetos de cerâmica revestidos com pó de manganês, além de trabalhos em papel reciclado e artefatos indígenas.
Trapiche Eliezer Levy: Recentemente reinaugurado pelo Governo do PSB, situa-se em frente da cidade. Totalmente refeito em concreto puro, com 366 metros de comprimento (74 metros a menos do que o anterior), o trapiche conta com uma loja e um bondinho para o lazer do público.
Sambódromo: construído com a finalidade de servir de oficina de artes populares: dança, música, cozinha regional, artesanato, fabricação de bonecos e adereços, planejamento de carnaval e outros, o sambódromo é mais uma das opções culturais da cidade.
Marco Zero do Equador: O novo prédio do ponto turístico Marco Zero do Equador foi inaugurado em julho de 1987 e dispõe de um moderno prédio arquitetônico, projetado para funcionar com serviços de restaurante, salão de recepções, bar, galeria de arte e loja de artesanato. O monumento do Marco Zero do Equador fica a 2 km do centro da cidade de Macapá, única no Brasil a ser cortada pela linha do Equador.
Quem visita este local, pode dispor do privilégio de pisar, ao mesmo tempo nos dois hemisférios e ainda, apreciar as belezas da cidade. Um cenário bonito e curioso pode ser visto no amplo terraço do monumento, através do obelisco, de onde se pode observar o equinócio, momento no qual ocorre o perfeito alinhamento do centro da Terra com o Sol, o que possibilita perfeita contemplação do sol. Neste instante, registra-se uma igual duração do dia e da noite. Somente a cada dois anos acontece este fenômeno.
No dia 21 de março, ocorre o chamado “equinócio de primavera”, quando o sol passa do hemisfério sul para o hemisfério norte, marcando o início da primavera e no dia 23 de setembro, o chamado “equinócio de outono”, ocasião que o sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul, definindo, portanto, o início do outono.
Estádio Zerão: este estádio, construído nas adjacências do Marco Zero, não poderia receber outro nome. À primeira vista, pode-se pensar que se trata de um estádio comum, mas o que chama a atenção para sua construção é que a linha que divide os dois campos de jogo foi traçada exatamente obedecendo à linha do Marco Zero do Equador, o que divide o campo, também, imaginariamente em dois hemisférios.
Atualmente, encontra-se em reforma e ampliação, que contará de uma nova e maior arquibancada, vestiário, área de estacionamento interna e externa, locais para bares e salas para funcionamento de entidades esportivas.
Fortaleza de São José de Macapá: situa-se à margem esquerda da foz do rio Amazonas, em frente à cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá. É o mais belo, imponente e sólido monumento militar do Brasil.
Fazendinha: apesar do nome, pouco ou nada tem das características de uma fazenda, fica a 16 km da capital. Não obstante haver crescido em termos populacionais e, ainda, modificado bastante sua estrutura, adquirindo feições mais urbanas, ainda não possui autonomia econômica nem administrativa, sendo considerada Distrito do Município de Macapá. De encontro a este pensamento, coexistem as inúmeras tentativas de alguns políticos do local, os quais, se dizendo portadores dos anseios da população, vêm lutando por sua emancipação.
O que chama a atenção na localidade é, de fato, o Balneário, o qual conta com estrutura moderna, oferecendo aos visitantes, em seus bares e restaurantes, comidas típicas da região. Fazendinha é bastante frequentada durante o mês de julho, por ocasião do Macapá Verão, evento que proporciona, além da diversão ao banhista, informações sobre a limpeza e conservação do balneário, orientações à saúde, operações de salvamento etc.
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Meu endereço é bem fácil
É ali no meio do mundo
Onde está meu coração
Meus livros, meu violão
Meu alimento fecundo
A casa por onde paro
Qualquer carteiro conhece
É feita de sonho e linha
Que brilha quando anoitece
Na minha casa se tece
Mesura na luz do dia
Pra afugentar quebranto
Na hora da fantasia
É fácil o meu endereço
Vá lá quando o sol se por
Na esquina do rio mais belo
Com a linha do equador
Letra da música: Meu endereço - Zé Miguel e Fernando Canto
É ali no meio do mundo
Onde está meu coração
Meus livros, meu violão
Meu alimento fecundo
A casa por onde paro
Qualquer carteiro conhece
É feita de sonho e linha
Que brilha quando anoitece
Na minha casa se tece
Mesura na luz do dia
Pra afugentar quebranto
Na hora da fantasia
É fácil o meu endereço
Vá lá quando o sol se por
Na esquina do rio mais belo
Com a linha do equador
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