Pesquisadores do Instituto de
Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), montaram
um banco de dados com informações sobre compostos químicos extraídos da
biodiversidade brasileira. Um deles, que já está patenteado, poderá ser usado
no tratamento do mal de Alzheimer.
A descoberta, uma das mais
importantes, nasceu da árvore Senna
Spectabilis, popularmente conhecida como Cássia do Nordeste. Os
pesquisadores verificaram que ela tem substâncias que podem ajudar no
tratamento da doença de Alzheimer. Isso porque ela atua no sistema nervoso
central e, assim, diminui os sintomas típicos da doença.
São as filhas que se revezam para
cuidar da mãe. Elas usam uma lousa para anotar as tarefas e nunca deixam a
idosa sozinha. “Agora inverteu um pouco, a gente que tem que ter cuidado com
quem ligou, porque que ligou. A gente tem que ver do que ela precisa, ao invés
dela cuidar da gente, é a gente que tem que cuidar dela”, disse a terapeuta
ocupacional Sylvia Regina Gomide.
Efeitos medicinais
Durante a pesquisa, várias
plantas revelaram efeitos medicinais. Uma erva conhecida como guaçatonga, por
exemplo, é muito usada pela população para fazer chás para quem tem úlcera de estômago,
mas os pesquisadores identificaram substâncias que podem ajudar ainda no
desenvolvimento de remédios contra o câncer.
Para chegar até esses novos
princípios ativos é preciso colher amostras de uma mesma espécie em épocas e
lugares diferentes. “Dependendo das condições do solo e de luz, ela vai
produzir essas substâncias de maneira diferente”, explicou o pesquisador da
Unesp Ian Castro-Gamboa.
Banco de dados – Durante 15
anos de estudos, os pesquisadores identificaram 640 substâncias de mais de 220 plantas
da mata atlântica e do cerrado. Agora, todas essas informações estão
disponíveis no site www.nubbe.iq.unesp.br
para quem quiser acessar de qualquer lugar do mundo.
No site, é possível estudar as
substâncias identificadas pelos pesquisadores, quais aplicações elas podem ter
e de que plantas foram extraídas. “Essas informações já estavam disponíveis nas
revistas cientificas, mas era muito importante criar um banco de dados para
agilizar e facilitar o acesso de outros pesquisadores”, finalizou a pesquisadora
Marília Valli.
(Fonte: G1)
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