Os atores Marcelo Serrado,
Marcelo Novaes e Rodrigo Santoro, ao lado do apresentador Luciano Huck e do
surfista de ondas gigantes Carlos Burle, viajaram até rio Araguari, no Amapá,
para conhecer o fenômeno natural típico dos rios barrentos do Norte do Brasil. A
reportagem vai ao ar neste sábado (01 de dezembro de 2012) no programa
Caldeirão do Ruck.
De 27 a 30 de outubro, o pacato
município de Cotias do Araguari, na foz do rio Araguari, viu sua rotina mudar
radicalmente. No lugar das canoas que fazem o deslocamento por via aquática e
bicicletas e veículos de tração animal para terra firme, a paisagem foi tomada
por jet skis, pranchas de surfe, navios modernos, caminhonetes e até
helicópteros.
Com o apoio do governo do Amapá,
através do Corpo de Bombeiros e do Ibama, eles utilizaram os três dias para
surfar a onda amazônica, contando com o know-how da Abraspo - Associação
Brasileira de Surf na Pororoca.
Entre os participantes, apenas
Carlos Burle tinha experiência no surf de rio praticado na Amazônia. Para todos
os outros a oportunidade era inédita. "Foi um dos momentos mais lindos da
minha vida", descreveu o ator Marcelo Serrado. Ele já havia escutado falar
da pororoca quando esteve em Belém e, depois de ver imagens do fenômeno,
decidiu encarar a aventura. O que era para ser uma viagem entre amigos se
tornou um documento para a posteridade depois que o ator comentou com Luciano
Huck a ideia.
Mas, ao chegar ao Amapá, surfar a
pororoca tornou-se complicado: as ondas no período não passavam de dois palmos
e os próprios moradores do local apostavam que aquele não era o tempo de
pororoca. Então, a integração homem-natureza foi a outro patamar. "Fizemos
o ritual ‘Auera Auara’, para chamar a onda. Nos pintamos, pedimos permissão
para entrar no rio. E deu certo", disse Noélio Sobrinho, que atuou como o
piloto de jet ski que colocou os atores para surfar a onda da pororoca.
"As ondas chegaram a dois metros", afirmou Noélio.
"A gente ficou meio
‘grilado’. Ali era um rio, tinha jacaré, piranha, cobra e tudo o mais. Mas acho
que os animais se afastam quando a onda passa. Perdi uma prancha lá, que a onda
arrebentou. Mas foi incrível. O lugar é lindo, mágico. E a emoção de sentir
aquele contato com a natureza, um perigo também, é indescritível. Recomendo a
todos", disse Serrado, que já espera ansioso pela próxima oportunidade,
que deve acontecer no Pará. O convite, pelo menos, já existe: o titular da
Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Marcos Eiró, enviou um
documento para os participantes com um convite formal para conhecer a pororoca
de São Domingos do Capim, onde o surfe da pororoca começou.
Quer saber tudo sobre a Pororoca?
Clique no link ao lado: Surf na Pororoca: o
esporte radical domando a força da natureza
Nenhum comentário:
Postar um comentário