sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Caldeirão do Huck, Rede Globo, visita pororoca no Rio Araguari


Os atores Marcelo Serrado, Marcelo Novaes e Rodrigo Santoro, ao lado do apresentador Luciano Huck e do surfista de ondas gigantes Carlos Burle, viajaram até rio Araguari, no Amapá, para conhecer o fenômeno natural típico dos rios barrentos do Norte do Brasil. A reportagem vai ao ar neste sábado (01 de dezembro de 2012) no programa Caldeirão do Ruck.

De 27 a 30 de outubro, o pacato município de Cotias do Araguari, na foz do rio Araguari, viu sua rotina mudar radicalmente. No lugar das canoas que fazem o deslocamento por via aquática e bicicletas e veículos de tração animal para terra firme, a paisagem foi tomada por jet skis, pranchas de surfe, navios modernos, caminhonetes e até helicópteros.

Com o apoio do governo do Amapá, através do Corpo de Bombeiros e do Ibama, eles utilizaram os três dias para surfar a onda amazônica, contando com o know-how da Abraspo - Associação Brasileira de Surf na Pororoca.

Entre os participantes, apenas Carlos Burle tinha experiência no surf de rio praticado na Amazônia. Para todos os outros a oportunidade era inédita. "Foi um dos momentos mais lindos da minha vida", descreveu o ator Marcelo Serrado. Ele já havia escutado falar da pororoca quando esteve em Belém e, depois de ver imagens do fenômeno, decidiu encarar a aventura. O que era para ser uma viagem entre amigos se tornou um documento para a posteridade depois que o ator comentou com Luciano Huck a ideia.

Mas, ao chegar ao Amapá, surfar a pororoca tornou-se complicado: as ondas no período não passavam de dois palmos e os próprios moradores do local apostavam que aquele não era o tempo de pororoca. Então, a integração homem-natureza foi a outro patamar. "Fizemos o ritual ‘Auera Auara’, para chamar a onda. Nos pintamos, pedimos permissão para entrar no rio. E deu certo", disse Noélio Sobrinho, que atuou como o piloto de jet ski que colocou os atores para surfar a onda da pororoca. "As ondas chegaram a dois metros", afirmou Noélio.

"A gente ficou meio ‘grilado’. Ali era um rio, tinha jacaré, piranha, cobra e tudo o mais. Mas acho que os animais se afastam quando a onda passa. Perdi uma prancha lá, que a onda arrebentou. Mas foi incrível. O lugar é lindo, mágico. E a emoção de sentir aquele contato com a natureza, um perigo também, é indescritível. Recomendo a todos", disse Serrado, que já espera ansioso pela próxima oportunidade, que deve acontecer no Pará. O convite, pelo menos, já existe: o titular da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Marcos Eiró, enviou um documento para os participantes com um convite formal para conhecer a pororoca de São Domingos do Capim, onde o surfe da pororoca começou.


Quer saber tudo sobre a Pororoca? Clique no link ao lado: Surf na Pororoca: o esporte radical domando a força da natureza

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