domingo, 25 de novembro de 2012

Incêndio consome Lagoa dos Índios


Em anos anteriores, outros casos parecidos foram registrados.

Um incêndio que já persiste alguns dias está preocupando os moradores das proximidades da Lagoa dos Índios. Devido o tempo seco, a vegetação de fácil combustão incendiou e se alastrou rapidamente.

Nesse período onde o clima é extremamente seco e quente, as altas temperaturas facilitam a ignição e a propagação do fogo nas residências e em áreas de campo.

Apesar das denúncias dos moradores da área, o Corpo de Bombeiros tem dificuldades em controlar o fogo, pois o local é de difícil acesso, íngreme, tem mata seca e fechada, além de temperatura alta.

A fumaça se espalha em diversos pontos da área da Lagoa que está com boa parte da vegetação seca, devido o período de veraneio. Quando anoitece, a temperatura cai e é possível ver os focos de incêndio na Linha G que fica do outro lado da Lagoa.

Neste lugar, é comum anualmente, nesta época, ocorrerem incêndios em vegetação, isso se dá por agricultores que residem às redondezas, eles realizam queimas descontroladas para plantarem suas lavouras, outra causa são os motoristas fumantes que passam na rodovia e que jogam pontas de cigarro no local gerando os incêndios naquela área.

Lagoa dos Índios

A Lagoa dos Índios está situada em uma área de ressaca, na bacia do Igarapé da Fortaleza, no município de Macapá, a oeste do núcleo urbano, já próximo ao município de Santana.

A Ressaca Lagoa dos Índios chama a atenção pelo contraste entre a bela paisagem natural e a urbanização do seu entorno. Vale destacar que a referida Lagoa dos Índios é considerada uma Área de Preservação Permanente (APP).

Essa área está ocupada há mais de duzentos anos por uma comunidade predominantemente negra, a qual se reconhece enquanto “remanescente de quilombos”. Nesse contexto, estudos datam que na metade do século XVIII ocorreu a ocupação da região por habitantes negros, época que coincide com o surgimento dos quilombos no Estado do Amapá. Estes negros foram ali chegando fugitivos da escravidão, e viram na bacia hidrográfica do Igarapé da Fortaleza condições favoráveis para sua sobrevivência. Por esta razão, o primeiro nome dado à localidade foi Fortaleza, passando posteriormente a se chamar Lagoa dos Índios.

Entretanto, antes de chegada dos escravos, o lugar já se encontrava habitado por tribos indígenas que ali se acostaram ainda na fase pré-colonial. Desta forma, com o surgimento da mão de obra dos escravos refugiados e a organização indígena, várias atividades foram sendo realizadas como plantações, atividades domésticas, construção da vila de São José de Macapá, além da criação de gado e da atividade pesqueira.


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