quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O menino e o rio



Era uma vez...



Queria aqui relatar um "faz de conta", uma história fantástica que só existe em reinos tão, tão, mais tão distantes. Mas, que, infelizmente, existe bem aqui e bem ali, também. 
Essa é a história do menino que vive em uma sociedade que ainda não aprendeu a se sensibilizar e fazer sua parte para manter o meio ambiente menos impactado o possível.


O menino, em sua inocência, nem faz ideia dos riscos a que está exposto. Nem faz ideia, também, dos riscos a que o rio (Rio Amazonas - porção em frente ao Porto do Açaí - Município de Santana - Amapá) e a comunidade do entorno estão propensos.

Tais atores são apenas coadjuvantes em meio a inúmeros personagens que propiciam, dolosa ou culpadamente, para que tais mazelas continuem a externar suas problemáticas.


O menino é o retrato de uma realidade cruel. Uma realidade de exclui, que mutila, que faz chorar e que mata. Mata primeiro os sonhos, as esperanças e por fim, mata o corpo, a alma.

Não é minha intenção apontar culpados e, tampouco, dizer que é um fato recente. Não é! É uma cena que se repete inúmeras vezes pela Amazônia, pelo Brasil e pelo Mundo.

O menino faz parte de um ciclo vicioso, onde seus pais não receberam uma educação eficiente e de qualidade e, muito menos, foram educados ambientalmente. Aliás, seus pais nem tiveram oportunidades de frequentar uma escola. Alicerçados por uma sociedade que cobra impiedosamente por resultados imediatos, o menino é o reflexo, hoje, do que seus responsáveis foram ontem.

Esse ciclo vicioso atinge à todos, principalmente quem observa e não faz nada, quem fica inerte ou quem não se motiva a mudar tal realidade.


E o rio? o rio é o elo que liga o menino ao mundo. Um mundo tão fantástico em sua mente, quanto em sua realidade. A mesma água que abriga a vida aquática e que dá condições para o sustento de inúmeras famílias, é o mesmo rio que ceifa vidas. Ceifa, pois está sendo decaptado, exaurido pela poluição. Um rio que em sua magnitude é o maior, mais extenso e mais caudaloso do Planeta, está pedindo socorro, está pedindo sossego e necessitando de cuidados.



Um ambiente degradado pela ação humana é o que faz movimentar as engrenagens das indiferenças, das perdas de oportunidades e da baixa qualidade de vida. Cada um de nós é capaz de mudar isso, de melhorar a salubridade dos nossos rios. Bastam apenas motivação e força de vontade para cobrar por nossos direitos, mas em contrapartida, nos responsabilizarmos com nossos deveres. Deveres esses que são: ter hábitos saudáveis de consumismo, gerar menos resíduos, levar a educação ambiental e suas informações aos demais da sociedade, não jogar resíduos e esgotos em corpos d'água e nem em outros lugares.

São pequenas ações que fazem toda a diferença! Mas, enquanto isso ainda não está sendo executado  de forma massiva e por todos os atores sociais, o menino vai voltar no dia seguinte e continuar brincando no rio e com os resíduos que estão poluindo-o!



Enfim, sempre existe uma luz no fim do túnel, aliás no pôr do Sol.

Pôr do Sol visto do Porto do Açaí - Santana/Amapá



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

"Homem-árvore”, paciente com doença rara desenvolve “cascas” nas mãos e pés

Médicos de Bangladesh se depararam com um caso incomum nesta última segunda-feira (1º). A equipe do Hospital Universitário de Daca está se preparando para operar Abul Bajandar, que desenvolveu verrugas com a aparência de cascas de árvores nas mãos e nos pés.
Conhecida como “doença do homem-árvore”, a condição é raríssima, segundo o coordenador do setor de cirurgia plástica do local, Samanta Lal Sen, em entrevista à agência EFE.
A anormalidade começou a surgir há 10 anos aos poucos. Hoje com 26 anos, Abul é incapaz de usar seus pés e mãos para trabalhar na aldeia onde vive na cidade de Khulna. Ele foi internado no último sábado (30) e aguarda para saber se será operado. 
“Trata-se de uma epidermodisplasia verruciforme, doença rara não contagiosa da qual conhecemos poucos casos no mundo. Nunca tinha visto uma coisa igual”, disse o especialista. Médicos farão análises durante as próximas semanas para avaliar se realmente é possível operar o paciente. 
“A priori, não existe cura para a doença. Nosso objetivo é proporcionar um alívio ao paciente, melhorar sua condição e tentar conseguir com que suas mãos e pés voltem a ser funcionais”, disse o médico. Entretanto, há a chance de as verrugas voltarem com o tempo. 
O rapaz é casado e tem uma filha de três anos, que sustentava com seu trabalho de motorista. Depois de perder as mãos para a anomalia, ele saiu do emprego e agora pede esmolas na rua. 

“Preciso de ajuda para todas as minhas atividades diárias, inclusive comer e tomar banho. O peso das verrugas faz com que meus braços cedam e a dor aumenta quando tento me movimentar”, explicou Abu ao jornal “The Daily Star".

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

THE WALKING TREE - AS ÁRVORES ANDANTES

É difícil imaginar uma árvore se movendo sozinha de um lado para o outro, mas isso acontece de verdade. Na América Central, árvores “andantes” se deslocam 20 metros a cada ano.
Em um ano elas podem chegar percorrer uma distância de até 20 metros. 

É difícil imaginar uma árvore se movendo sozinha de um lado para o outro. Mas, por mais estranho que isso possa parecer, é possível e acontece de verdade. A socratea exorhiza é a espécie conhecida como “Palmeira Andante”. A cada ano essas árvores são capazes de se deslocar por até 20 metros.




Endêmica da floresta tropical, a palmeira é mais comum na América Central, mas ela chega até a bacia do rio Amazonas, já em território brasileiro. Apesar de ser única em seu hábito incomum, esse diferencial não é o bastante para garantir a sua preservação total.

No Brasil, as palmeiras andantes são muito usadas na confecção de bengalas, na construção civil e até na fabricação de pequenas embarcações. Na Costa Rica, as legislações ambientais proíbem totalmente o corte desta espécie, enquanto no Equador, mesmo com áreas de preservação, ela ainda sofre na mão dos desmatadores.

O deslocamento desta árvore chama a atenção de pesquisadores há anos. Algumas hipóteses sobre a evolução das espécies já foram colocadas em cheque, mas descartadas depois. O que se sabe é que elas mudam de lugar em busca de melhor solo e mais luz do sol.



A caminhada é lenta, mas constante. As árvores andam diariamente de dois a três centímetros. Em um ano elas podem chegar percorrer uma distância de até 20 metros. Isso acontece através das novas raízes, que vão crescendo a pequenas distâncias das antigas. Quando as raízes velhas apodrecem, todo o tronco é deslocado junto às raízes novas. Por mais surpreendente que isso possa ser, infelizmente essas árvores não conseguem se deslocar rápido o suficiente para fugir do desmatamento.
 
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