As fêmeas são dóceis companheiras
e ótimas mães, fazem o ninho apenas perto do momento de parir, quando buscam um
local isolado e abrigado, onde possam juntar uns capins e folhas secas. Dão de
mamar de pé, com seus cinco pares de tetas. Nos grupos, amamentam, sem nenhum
problema, os filhos de outras mães, que podem ser ou não parentes.
Em estado selvagem, assim que os filhotes nascem, a fêmea procura manter
distância dos machos. Eles costumam ficar agressivos com os recém-nascidos,
podem até matá-los. Os filhotes, em liberdade, mamam até os quatro meses de
idade e, durante esse tempo, seguirão a mãe por toda parte, sempre em fila
indiana.
A fêmea, geralmente, dá duas
crias por ano, com a média de quatro filhotes em cada (varia de 1 a 8
filhotes). Na época do acasalamento, a capivara prefere namorar em águas não
muito profundas. E o macho chega a cobrir as fêmeas quinze vezes seguidas, em
menos de cinco minutos. Embora a reprodução aconteça o ano todo, há maior
concentração de fêmeas prenhes nos primeiros meses da estação chuvosas. As
manadas, geralmente de trinta animais - quando vivem em liberdade -, são
compostas por adultos e filhotes de ambos os sexos. Mas sempre existe um macho
que domina a tropa e conquista as fêmeas. Os demais podem tornar-se submissos e
chegam até a ajudar na criação.
Os filhotes nascem de olhos
abertos, pelos formados, a dentição completa. Espertos, em três dias já se
alimentam de forrageiras e acompanham os pais no descanso e nos passeios.
Querem nadar logo na primeira semana de vida, mas a mãe só permite se a água
não for funda. Mamam noventa dias e se tornam independentes, podem até formar
novas manadas. Nas criações costuma-se desmamar com 60 dias para que a mãe
acasale novamente. As fêmeas, muito cuidadosas, ensinam a descobrir novos
alimentos, a nadar e até a vencer obstáculos. E os filhotes prestam muita
atenção. Se algum, por acaso, se perder do grupo, pede logo socorro, com gritos
fortes e agudos, ouvidos de longe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário