O porto de Santana - no Estado do Amapá -, mas
especificamente o píer da empresa Anglo American, é antigo, dos anos 50. Ele é
estruturado sobre estacas, que tem cerca de 60 anos. Acidente provocou o
desabamento do píer e junto com ele tragou para o rio caminhões, guindastes e
minério, provocando a morte de seis funcionários. Segundo dados, na década de
50 o mesmo porto recebia, em média, um milhão de toneladas de manganês. Hoje, a
operação é de seis milhões de toneladas de ferro – muito além do peso para que
foi projetado.
A economia de países em
desenvolvimento tem uma dependência significativa de atividades primárias como
a indústria da mineração, pois uma parte significativa do PIB é contribuído por
este setor; a mineração, também, é importante pelo potencial que tem para a
geração de empregos, tanto diretos, como indiretos.
Por outra parte, os trabalhadores
mineiros estão expostos a uma série de riscos, no local de trabalho, que podem
estar associadas a acidentes, caracterizando a mineração como uma das
atividades mais perigosas.
As causas fundamentais para a
ocorrência de acidentes são as condições inseguras e os atos inseguros. As
condições inseguras aparecem quando as considerações de projeto de mina são
insuficientes, quando não são reconhecidas com antecedência as condições
geológicas, quando existe deficiência na manutenção dos equipamentos, entre
outros. Atos inseguros aparecem, principalmente, em função de comportamento
inadequado, alguns deles associados à falta de informação.
A prevenção da saúde e a
segurança dos trabalhadores, através da sua gestão adequada, são consideradas
como ações estratégicas. Tornar a atividade da mineração mais segura significa
implementar um planejamento assim como implementar políticas de segurança,
ações que deverão ser permanentemente monitoradas e controladas. As ações
corporativas devem se basear em métodos e técnicas que controlem os riscos e,
desse modo, possam reduzir os acidentes.
Nesse cenário, a gestão de
segurança ganhou importância e está sendo bastante reconhecida devido a gestão
de segurança envolver vários aspectos, como o desenvolvimento de locais de
trabalho mais seguros, melhor entendimento das condições do trabalho,
aproveitamento das mudanças tecnológicas para se melhorem as condições de
trabalho.
A análise de acidentes, através
da sua classificação, tipificação, identificação de risco e seu grau de
severidade se faz necessária, para que se criem medidas eficazes para o
controle de acidentes. As decisões a serem tomadas, na gestão de segurança,
devem centrar-se na escolha e na priorização de problemas ou nas áreas
vulneráveis a acidentes. As decisões devem estar baseadas no reconhecimento de
riscos encontrados em cada atividade que compreende o processo produtivo.
A gestão de segurança deverá ser
praticada de maneira consistente visando aos objetivos globais da organização.
Para isso, deve procurar obter ótima alocação dos recursos e saber utilizá-los,
obtendo as melhores soluções.
Os eventos que causam um acidente
são acumulativos, pois foram ignorados ou interpretados erroneamente, sendo
decorrentes de hábitos ou rotinas equivocados, de falsas expectativas, de
comunicação deficiente, de procedimentos mal elaborados e de excesso de confiança.
A gerência deve intervir nas boas práticas de segurança, através da criação de
uma cultura positiva de segurança e de aprendizado. Em suas ações, a gerência
deve criar espaço para que os erros e os acidentes sejam abertamente
discutidos.
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