Páginas

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Atividades mineradoras em portos


O porto de Santana - no Estado do Amapá -, mas especificamente o píer da empresa Anglo American, é antigo, dos anos 50. Ele é estruturado sobre estacas, que tem cerca de 60 anos. Acidente provocou o desabamento do píer e junto com ele tragou para o rio caminhões, guindastes e minério, provocando a morte de seis funcionários. Segundo dados, na década de 50 o mesmo porto recebia, em média, um milhão de toneladas de manganês. Hoje, a operação é de seis milhões de toneladas de ferro – muito além do peso para que foi projetado.


A economia de países em desenvolvimento tem uma dependência significativa de atividades primárias como a indústria da mineração, pois uma parte significativa do PIB é contribuído por este setor; a mineração, também, é importante pelo potencial que tem para a geração de empregos, tanto diretos, como indiretos.

Por outra parte, os trabalhadores mineiros estão expostos a uma série de riscos, no local de trabalho, que podem estar associadas a acidentes, caracterizando a mineração como uma das atividades mais perigosas.

As causas fundamentais para a ocorrência de acidentes são as condições inseguras e os atos inseguros. As condições inseguras aparecem quando as considerações de projeto de mina são insuficientes, quando não são reconhecidas com antecedência as condições geológicas, quando existe deficiência na manutenção dos equipamentos, entre outros. Atos inseguros aparecem, principalmente, em função de comportamento inadequado, alguns deles associados à falta de informação.

A prevenção da saúde e a segurança dos trabalhadores, através da sua gestão adequada, são consideradas como ações estratégicas. Tornar a atividade da mineração mais segura significa implementar um planejamento assim como implementar políticas de segurança, ações que deverão ser permanentemente monitoradas e controladas. As ações corporativas devem se basear em métodos e técnicas que controlem os riscos e, desse modo, possam reduzir os acidentes.

Nesse cenário, a gestão de segurança ganhou importância e está sendo bastante reconhecida devido a gestão de segurança envolver vários aspectos, como o desenvolvimento de locais de trabalho mais seguros, melhor entendimento das condições do trabalho, aproveitamento das mudanças tecnológicas para se melhorem as condições de trabalho.

A análise de acidentes, através da sua classificação, tipificação, identificação de risco e seu grau de severidade se faz necessária, para que se criem medidas eficazes para o controle de acidentes. As decisões a serem tomadas, na gestão de segurança, devem centrar-se na escolha e na priorização de problemas ou nas áreas vulneráveis a acidentes. As decisões devem estar baseadas no reconhecimento de riscos encontrados em cada atividade que compreende o processo produtivo.

A gestão de segurança deverá ser praticada de maneira consistente visando aos objetivos globais da organização. Para isso, deve procurar obter ótima alocação dos recursos e saber utilizá-los, obtendo as melhores soluções.

Os eventos que causam um acidente são acumulativos, pois foram ignorados ou interpretados erroneamente, sendo decorrentes de hábitos ou rotinas equivocados, de falsas expectativas, de comunicação deficiente, de procedimentos mal elaborados e de excesso de confiança. A gerência deve intervir nas boas práticas de segurança, através da criação de uma cultura positiva de segurança e de aprendizado. Em suas ações, a gerência deve criar espaço para que os erros e os acidentes sejam abertamente discutidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário