No último domingo, a imprensa
noticiou a morte de George Solitário. Esse simpático macho das tartarugas
gigantes de Galápagos, no Equador, foi resgatado em 1972 de um grupo de
caçadores na ilha de Pinta, e desde então vivia no Parque Nacional de
Galápagos. Ninguém sabia ao certo sua idade, mas as estimativas diziam que ele
deveria ter por volta de 100 anos. George ganhou o apelido de solitário porque
não tinha muito interesse em acasalar: tentativas foram feitas com fêmeas de
outras subespécies de tartarugas gigantes, mas nenhuma com sucesso.
George era o último da
subespécie Chelonoidis nigra
abingdoni, que agora pode ser considerada como extinta. As outras
subespécies de tartarugas gigantes também estão ameaçadas: há apenas cerca de
20 mil tartarugas nas ilhas de Galápagos.
Assim como George, outros animais
ficaram conhecidos como os últimos de suas espécies. Confira abaixo:
Incas, o último periquito nativo
do leste dos EUA
A espécie Conuropsis carolinensis era
encontrada em uma área dos Estados Unidos que vai de Ohio ao Golfo do México. O
último selvagem da espécie foi morto no começo do século XX. Sobreviveu em
cativeiro o casal Lady Jane e Incas. Lady Jane morreu em 1917, e um ano depois
foi a vez de Incas. A espécie foi extinta por causa da caça e da destruição de
habitat.
Martha, o último pombo passageiro
Caça e desmatamento também foram
causas para a extinção do pombo passageiro, a espécie Ectopistes migratorius. A espécie era migratória, e algumas
estimativas contam que havia bilhões de exemplares na América do Norte antes da
chegada dos europeus. O último animal vivo foi Martha, que morreu em 1914 no
zoológico de Cincinnati, em Ohio.
Benjamin, o último tigre da Tasmânia
Acredita-se que a espécie Thylacinus cynocephalus, conhecida como
tigre ou lobo da Tasmânia, foi extinta na Austrália antes da chegada dos
europeus. Mas ela sobreviveu em ilhas próximas, como na Tasmânia (um estado da
Austrália), até o século XX. O último animal da espécie ficou conhecido como
Benjamin, apesar de alguns cientistas acreditarem que era uma fêmea. Benjamin
morreu em 1936, no zoológico de Hobart, Tasmânia. Na época, biólogos
suspeitaram que a causa da morte foi negligência: ele foi exposto a variações
climáticas muito fortes, com dias quentes e noites extremamente frias.
A galinha Ben
A Tympanuchus cupido cupido, uma subespécie de galinha, era comum nos
Estados Unidos no período colonial, mas uma série de problemas contribuiu para
a sua extinção, de incêndios florestais até animais sendo atropelados por
carros. O último animal da espécie foi o “Booming Ben”. Por três anos, Ben foi
visto cantando, na expectativa de que atrair uma fêmea. A última vez que ele
foi visto foi em 1932.
Época; IUCN Red List; BuzzFeed; Wikipedia
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