As maiores e mais velhas árvores
do mundo, que são os organismos vivos mais antigos do planeta, estão
desaparecendo de maneira alarmante, advertiram, nesta sexta-feira, cientistas
americanos e australianos.
Os resultados de um estudo
publicado pela revista Science concluíram que, em todas as partes do mundo, as
maiores e mais velhas árvores estão ameaçadas de desaparecer caso não existam
políticas de preservação.
É um problema mundial que ocorre
em quase todos os tipos de florestas. Da mesma forma que os grandes animais,
como os elefantes, os tigres ou os cetáceos, cuja população está em forte
declínio, uma série de indícios mostra que estas árvores correm o mesmo risco.
Lindenmayer iniciou a pesquisa
com colegas da Universidade James Cook da Austrália e da Universidade de
Washington nos Estados Unidos depois de ter estudado amostras da década de 1860
retiradas de florestas suecas. Os pesquisadores constataram um inquietante
desaparecimento das grandes árvores com entre 100 e 300 anos de idade em partes
da Europa, Américas do Norte e do Sul, África, Ásia e Austrália.
As sorveiras da Austrália, os
pinhos dos Estados Unidos, as sequoias da Califórnia e os baobás da Tanzânia
são as principais espécies em perigo. Os incêndios florestais não são os únicos
responsáveis, uma vez que a taxa de mortalidade é dez vezes superior ao normal,
inclusive nos anos sem incêndios.
Este fenômeno resulta, segundo
afirmam cientistas, de uma combinação de fatores como o aquecimento climático,
o desmatamento e a necessidade de terras agrícolas.
“Estamos falando do
desaparecimento dos maiores organismos vivos do planeta e de organismos que têm
um papel determinante na regulação da riqueza de nosso mundo. A tendência é, de
fato, muito preocupante”, declarou Bill Laurance, da Universidade James Cook.
As grandes árvores são lugares de
nidificação e de vida para cerca de 30% de aves e animais de nosso ecossistema.
São também enormes poços de carbono, importantes reservas de substratos que
permitem o desenvolvimento de um grande número de organismos e também
influenciam o ciclo hidrológico.
(Fonte: Portal Terra)
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