Um incêndio considerado criminoso
já atinge a Reserva do Lago Piratuba há alguns dias. A extensão do trecho de
floresta atingida ainda não foi determinada, mas trata-se de uma área
significativa, considerando que está dentro de uma unidade de conservação.
O local atingido é uma zona de
turfa, um emaranhado de raízes e restos de vegetação que queima lentamente
mesmo com umidade. Apenas os brigadistas da reserva não são suficientes para
conter o fogo que, além do solo de turfa, consome a vegetação sobre ele também.
Por isso, trabalham no local, além de brigadistas da unidade de conservação,
outros homens de brigadas municipais de Macapá e Tartarugalzinho. Contam com a
ajuda do exército e do Governo Estadual e Federal.
O GEA através do corpo de bombeiros
está na linha de frente orientando o combate. O governador do Estado do Amapá
Camilo Capiberibe decretou Estado de Emergência, apesar de se tratar de reserva
federal, cuja competência de gestão, inclusive no caso de incêndio, é federal.
Para evitar que o incêndio se espalhe, os bombeiros florestais cavam trincheiras de 1 metro de largura por 1,5 metro de profundidade na esperança de que chova logo. Já que estamos entrando no período de chuva. Há fortes indícios que o fogo seja criminoso, já que não existem incêndios espontâneos no Estado.
A dificuldade de acesso complica
a missão dos brigadistas: a única forma de chegar ao local é de helicóptero. A
Reserva do Lago Piratuba tem 357 mil hectares de extensão. O maior incêndio na
reserva aconteceu em 2001, quando o fogo atingiu cerca de 80 mil hectares.
Por menor que seja a extensão do incêndio,
as perdas são irreparáveis. Muitas espécies da fauna e flora serão dizimadas e
outras nunca serão descobertas.
Reserva Biológica do Lago
Piratuba – AP
A Reserva Biológica do Lago
Piratuba é parte do Corredor de Biodiversidade do Amapá, que engloba 72% da
área do estado. Ela é área de proteção da flora e fauna do ecossistema
amazônico. Está localizada no extremo Leste do Amapá.
É formada por extensos campos
inundáveis, um sistema de lagos, estreita faixa de floresta de várzea,
acompanhando o rio Araguari. Há forte presença de manguezais, entre eles, o
mangue-vermelho e o mangue-amarelo.
Em decorrência dos seus
diferentes ecossistemas, a região atrai muitas espécies de aves migratórias.
Nos campos das planícies alagadas vivem: capivara, lontra, preguiça entre outros
animais. O turismo na Reserva não é permitido.
g1.globo.com - redeamazonica
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